O Brasil é um país com dimensões continentais, apresentando uma larga extensão norte-sul, além de uma grande distância no sentido leste-oeste em sua porção setentrional. Por esse motivo, é necessária uma ampla rede articulada que ligue os diferentes pontos do território nacional a fim de propiciar o melhor deslocamento de pessoas e mercadorias.
Além disso, para que o país possa ampliar as exportações, importações e, principalmente, os investimentos estrangeiros, é necessário que os meios de transporte ofereçam condições para que os empreendedores tanto do meio agrário quanto do meio industrial possam ter condições de exercer suas funções sociais. No Brasil, a estratégia principal foi a de priorizar a estruturação do sistema rodoviário – sobretudo a partir do Governo JK – em detrimento da construção de ferrovias e hidrovias, que só recentemente vêm recebendo maiores investimentos.
Os setores de transportes no país têm se expandido e melhorado em diversos aspectos nas últimas décadas, o que não significa que esteja satisfatório. Pesquisas da Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT), apontam para esses dados, sendo que cerca de 60% dos transportes no Brasil é realizado por rodovias, 20% por ferrovias, 13% por hidrovias e 4% por aerovias e dutovias.
O transporte rodoviário no Brasil foi – e ainda é – o meio responsável pela maior parte dos fluxos de bens e pessoas no país, que priorizou a sua construção para favorecer as empresas estrangeiras do setor automobilístico e promover a entrada delas no país. A expectativa era estruturar o modal rodoviário a fim de propiciar a construção de polos industriais de automóveis no Brasil com o objetivo de ampliar a geração de empregos, embora hoje as indústrias desse setor empreguem cada vez menos trabalhadores, em função das novas tecnologias fabris.
Outra característica da implantação das rodovias no Brasil foi a integração das diferentes partes do território brasileiro, que concentrou seus investimentos nas regiões litorâneas. Esse quadro começou a mudar ao longo do século XX, destacando-se a construção da capital Brasília. Assim, rodovias como Belém-Brasília, Cuiabá-Porto Velho e tantas outras tinham como preocupação estabelecer a ligação entre pontos e localidades até então desconectados.
A grande crítica a essa dinâmica questiona a opção por rodovias, algo não muito recomendado para países com larga extensão territorial, como o Brasil. Em geral, as estradas costumam ter um custo de manutenção mais elevado do que outros meios de transporte, como o ferroviário e o hidroviário, além de um maior gasto com combustíveis e veículos.
Dentre os transportes aquáticos (fluvial, lacustre e marítimo), o transporte fluvial é o mais frequente no país, que conta com 16 hidrovias e 20 portos fluviais, sendo mais usado na região norte, tanto para o transporte de mercadorias quanto para o de pessoas. Nesse ínterim, vale lembrar que há muito rios navegáveis no país, entretanto, nos últimos anos vêm sofrendo com as secas e o assoreamento, impedindo a transição das grandes embarcações.
O transporte hidroviário é o que possui a menor representatividade e participação nos sistemas de deslocamento nacional, o que é uma grande contradição, haja vista o grande potencial que o país possui para esse modal. No Brasil, a rede hidroviária é muito ampla e muitos rios são navegáveis sem sequer exigir a construção de grandes empreendimentos e estruturas, como obras de correção e instalação de equipamentos.
Uma justificativa para a negligência de investimentos nas hidrovias brasileiras é a existência de muitos rios de planalto, que são mais acidentados e exigem mais obras de correção para facilitar o transporte. Os rios de planície, mais facilmente navegáveis, encontram-se em áreas afastadas dos grandes centros econômicos.
TRANSPORTE AÉREO
"Transporte aéreo designa todos os deslocamentos de pessoas e de cargas por meio do ar. Para a sua realização, são utilizadas aeronaves, como os aviões e os helicópteros. Essa modalidade de transporte é mais rápida e pode percorrer distâncias mais longas se comparadas às demais modalidades, sendo muito utilizada para viagens domésticas e internacionais. Embora o seu aperfeiçoamento tenha sido favorável para o comércio exterior, o transporte aéreo ainda apresenta limitações quanto ao volume de cargas transportadas e dispõe de custos elevados de frete e de manutenção."
TRANSPORTE DUTOVIÁRIO
O Transporte Dutoviário (ou Transporte Tubular) é aquele realizado por meio de dutovias, ou seja, de tubulações e encanamentos.
Note que o termo “duto” significa tubos e corresponde ao local para transportar óleos, gases e produtos químicos através da gravidade ou da pressão.
No Brasil, o transporte dutoviário surgiu na década de 50, sendo pouco utilizado em comparação aos outros tipos.
Este tipo de transporte é amplamente utilizado em indústrias e no setor doméstico, através do gás e da água encanada.
Segundo a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) no país, cerca de 60% dos transportes é realizado por rodovias, 20% por ferrovias, 13% por hidrovias e 4% por dutovias.
Merecem destaque o Oleoduto São Sebastião/Paulínia (226 km); o mineroduto Paragominas/Barcarena (250 km); e o Gasoduto Brasil-Bolívia, com 3150 km de extensão (sendo 2593 km em território brasileiro), considerado o maior da América latina e um dos maiores do mundo.
A maioria dos produtos transportados pelos dutos são realizados pela empresa de petróleo brasileira, a Petrobras. No mundo, as dutovias são um dos mais importantes meios de transporte, sendo muito empregado nos Estados Unidos e na Europa.
FONTE:
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/transportes-no-brasil.htm
https://www.todamateria.com.br/transportes-no-brasil/
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/transporte-aereo.htm
https://www.todamateria.com.br/transporte-dutoviario/
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